Experimento Noir é um espaço de troca de experiências e experimentos que bebam da fonte do gênero noir.
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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Ouça: Trilha sonora - L.A. Noire


  • Original Release Date: May 31, 2011
  • Label: Rockstar Games
  • Copyright: 2011 Rockstar Games
  • Total Length: 55:04
  • Genres: Jazz Soundtracks
  • http://www.amazon.com/gp/product/B00532LQ1C/ref=pd_lpo_k2_dp_sr_1?pf_rd_p=1278548962&pf_rd_s=lpo-top-stripe-1&pf_rd_t=201&pf_rd_i=B00500T7S6&pf_rd_m=ATVPDKIKX0DER&pf_rd_r=0NTXGXAX476BHGDMBM6Q


Há algum tempo postei sobre o game L.A. Noire _ para Xbox e PlyStation 3 -  (http://experimentenoir.blogspot.com.br/2011/06/la-noir-jogo-para-xbox-360-e.html).

Pesquisando sobre trilhas sonoras de filmes noir, descobri esta que, segundo a Wikipedia, é uma "partitura original de Andrew Hale e Hale Simon, bem como canções originais no estilo de 1940".


O LA Noire trilha sonora oficial composta pelo jazz e blues dos anos 40, além de autênticos anúncios e programas de rádio do Team Bondi de Los Angeles de 1947.
"A música é produzida e escrita por Stephen Coates (The Real Tuesday Weld), com vocais de Claudia Brücken (Propaganda), com música adicional composta por Woody Jackson, cujo trabalho sobre Red Dead Redemption com Bill Elm ganhou vários prêmios."


Com 26 músicas, é um belo exemplar para os apreciadores de Jazz e que remetem ao gênero  noir.

No YouTube há um post da trilha completa para você conhecer.



Se preferir adquirir o produto, a Amazon oferece por $7.99, ou se preferir, pode selecionar as músicas preferidas e comprar individualmente, todas em mp3.



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Mas a aventura não para por aí...
Um segundo álbum foi lançado pela Verve Records e Rockstar Games, desta vez com o nome L.A. Noire Remixed, bem menor que o anterior, apresentando 6 clássicos do jazz, remixados por DJs. O álbum reúne músicas de artistas como Billie Holiday, Elle Fitzgerald e Louis Armstrong, entre outros.

Este álbum é oferecido pela Amazon por $4,52 ou a $0.99 por faixa individual.


  • Original Release Date: May 17, 2011
  • Release Date: May 17, 2011
  • Label: Verve
  • Copyright: (C) 2011 The Verve Music Group, a Division of UMG Recordings, Inc.
  • Record Company Required Metadata: Music file metadata contains unique purchase identifier. Learn more.
  • Total Length: 24:21
  • Genres: Jazz
  • http://www.amazon.com/Verve-Records-Rockstar-Present-Remixed/dp/B0051RP1TC/ref=pd_sim_dmusic_a_2




Fontes: 
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/L.A._Noire
Amazon: http://www.amazon.com/gp/product/B00532LQ1C/ref=pd_lpo_k2_dp_sr_1?pf_rd_p=1278548962&pf_rd_s=lpo-top-stripe-1&pf_rd_t=201&pf_rd_i=B00500T7S6&pf_rd_m=ATVPDKIKX0DER&pf_rd_r=0NTXGXAX476BHGDMBM6Q
YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=YVx3w8dckBg

sábado, 19 de março de 2011

Rififi (Du rififi chez les hommes, 1955)


Rififi (Du rififi chez les hommes, 1955)
França - 1955
122 minutos
Drama/Suspense
Jules Dassin

Jules Dassin mais uma vez surpreende com seu filme cheio de genialidade, detalhisto e cenas bem elaboradas, numa trama que prende o espectador do início ao fim.

Ao contrário dos muitos profissionais de cinema que encontraram refúgio nos Estados Unidos fugidos da Segunda Guerra, Dassin, nascido em Connecticut e diretor de 11 filmes no país (1941 a 1950), foi acusado de comunista por McCarthy e acabou refugiando-se na Europa, daí a produção de Rififi em francês.

O filme gira em torno do protagonista Tony, um ex-detento que encontra-se logo no início do filme perdendo numa mesa de jogo e chama o jovem Jo para socorrê-lo, o que este faz de pronto devido a ajuda recebida anos atrás mantendo a amizade e lealdade entre ambos.

Ocorre a proposta de Jo e outro personagem, Mario, para roubarem jóias da "Mappin e Web", e de início Tony recusa a oferta, mas por perder o contato com a esposa durante a prisão e descobrí-la atual mulher do dono do cabaré L'Âfe d'Or, decide concordar mas com um plano mais audacioso: o roubo do cofre por completo da joalheria. Junta-se ao grupo um italiano, amigo de Mario, especialista em arrombar cofres.

É aí que a trama torna-se mais interessante, onde os 4 personagens rúnem-se desde o estudo detalhado das dificuldades a serem superadas, o território, lojas e horários de funcionamento, além de cada ponto que deve ser respeitado para realizarem o assalto perfeito. Tony é sempre o cabeça do grupo, calculista e detalhista nos mínimos detalhes, com uma paciência incrível para encontrar a fórmula perfeita para um resultado sem erros.


Como todo bom filme Noir, Rififi não termina com o final feliz que as grandes produções adoram perpetuar. O dono do cabaré, um homem sem escrúpulos e muito ambicioso, descobre a trama e quer para si o dinheiro da venda das jóias, o que leva a uma sequência de mortes, sequestro e perseguições.



O filme é cheio de detalhes incríveis. As cenas que antecedem o assalto, em plena noite muito escura, onde somente os luminosos e as silhuetas de prédios e carros, além de vislumbres de asfalto iluminados pelos faróis, mostram uma fotografia cuidadosamente calculada. A cena do roubo calculada em 5 horas de árduo trabalho, toda encenada muda e sem música de fundo, intensifica o suspense quanto ao sucesso do assalto.






A figura da mulher é outro detalhe interessante. A ex-esposa de Tony parece ser alguém que ajusta-se às condições de sobrevivência, unindo-se a homens que a possam manter. A esposa de Mario mantém-se submissa às ordens do marido, alheia aos acontecimentos, sendo envolvida somente em momento inevitável em que o casal é acuado pelos homens do cabaré.


A cena da cantora do cabaré - uma bela mulher de quem o italiano que arromba cofres vê-se envolvido e por dar-lhe um anel valioso torna-se o delator do grupo - que canta a música que fala do homem "Rififi", o home duro, determinado e cruel, mas desejado ao ponto de atraí-la e mantê-la às suas ordens, é muito bem elaborada, com uma sombra masculina ao fundo, numa dança que demonstra sua virilidade e bravura, com a mulher submissa aos seus encantos. Em Rififi, não há espaço para a femme fatale do Noir, mas a companheira, a submissa, a sombra do homem e sua amante para o momento que desejar.


Após tantos detalhes, muito ainda há a ser saboreado nesse filme que marcou o cinema francês da década de 50. Aproveitem mais esta fascinante produção.



sábado, 12 de março de 2011

D.O.A. (Com as horas contadas - 1950)

D.O.A. (1950)
83 min - EUA
Drama | Film-Noir | Mistério
Rudolph Maté

Olá, caro leitor. Após um tempo ausente e, contrariando o padrão de escrever sobre um filme e então apresentar os cartazes da obra, volto para falar do filme Com as horas contadas, de curta duração para nossos padrões atuais mas intrigante e dinâmico, permitindo uma experiência de qualidade do gênero que temos como tema neste blog.

Eis que o contador Frank Bigelow, um californiano que resolve tirar uns dias de folga em San Francisco, ao aproveitar a noite em um clube de jazz com um grupo que conhece no hotel onde encontra-se hospedado, tem sua bebida trocada contendo uma "toxina luminosa" e veneno fatal.

Ciente da morte iminente, sai em uma busca alucinada por desvendar o enigma de seu envenenamento e a morte de um empresário morto logo após a tentativa de contatá-lo.



O filme possui amplas cenas nas ruas de San Francisco e Los Angeles. O clima tenso intensifica-se a cada descoberta do protagonista, além da ansiedade constante pelo tempo de vida que se esvai. Cenas noturnas e diurnas estão presentes neste filme, não diminuindo o suspense da trama, e a violência é outro elemento frequente, demonstrando que Bigelow está cada vez mais perto em descobrir os fatos.





Todos os acontecimentos são descritos em flashback, pois Frank inicia em um departamento de polícia onde descreve seu assassinato. Atenção desde a aparição dos letreiros junto a sequência onde Frank Bigelow segue pelos corredores até a sala do oficial que o ouvirá até o momento fatal. A tensão apresenta-se desde então.

Vale lembrar que entre os arquétipos presentes no Noir (o perseguido, a femme fatale e o que procura a verdade), Bigelow representa o terceiro arquétipo, pois em momento algum busca ajuda mas aproveita o tempo que lhe resta para descobrir a verdade. Ele é o homem comum que desenganado dos médicos, não volta correndo para os braços da noiva Paula que o espera na Califórnia ou decide aproveitar seus últimos momentos em algo desejável. Ele busca freneticamente cada detalhe e o que o levou a um destino fatal.

Para quem quer saber o que significa a sigla D.O.A., nome do filme original, segundo a Wikipedia, trata-se do carimbo sobre o dossiê do caso, encerrado devido à morte da testemunha. Seria algo como "morto ao chegar", e ao que parece, o caso será arquivado como se não houvesse algo a ser investigado.

Não encontrei o filme em lugar algum a não ser na íntegra no YouTube, como segue abaixo. Mais um momento pipoca incrível pra você aproveitar. Bom filme.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard)



Crepúsculo dos Deuses
Sunset Boulevard, 1950
EUA
110 minutos
Billy Wilder

Um corpo masculino boiando na piscina de uma mansão na Sunset Boulevard inicia Crepúsculo dos Deuses, contando em retrospectiva a trama deste filme que fala dedecadência, obscessão e loucura.

Norma Desmond (Glória Swanson), ex-estrela de filmes mudos, vive solitária com seu fiel empregado em uma mansão na Sunset Boulevard. Quando conhece um fracassado roteirista - Joe Gilis - decide mostrar-lhe o roteiro de Salomé que pretende atuar no papel principal sob direção de Cecil B. DeMille. Este aceita o trabalho mas vê-se preso ao local e a contratante, numa situação angustiante onde a ambição e a obscessão levam a um desfecho fatal.



Além do trabalho magnífico de arte, da música que intensifica o clima tenso que prenuncia um final fatalista, este trabalho do diretor Billy Wilder busca demonstrar o descaso de Hollywood pelas estrelas dos filmes mudos que vêem-se em decadência e sem emprego, vivendo à margem dos áureos anos em que eram aclamados pelos estúdios e os fãs.



Norma é a imagem da atriz egocêntrica que não aceita o fim da carreira e acredita em sua retomada com um novo sucesso, mas a sequência de rejeições culminam na loucura e permanência no passado glamouroso, na cena final dirigida brilhantemente por Wilder.

No YouTube, o filme está dividido em 8 partes e você poderá assistir na íntegra.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

The Third Man (O terceiro homem)

(Third Man, The, 1949)
• Direção: Carol Reed
• Roteiro: Graham Greene (história / roteiro)
• Gênero: Policial/Suspense
• Origem: Reino Unido
• Duração: 104 minutos

IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0041959/

A ideia inicial do blog é falar do noir americano - o que nem iniciei até o momento - mas creio que o cinema é algo que nos faz enveredar por vários caminhos e hoje me vejo com vontade de compartilhar com você, caro visitante, de um comentário sobre o filme de origem inglesa que assisti ontem. The Third Man é simplesmente fantástico. De 1949, direção de Carol Reed e filmado na Viena após a Segunda Guerra, inicia apresentando um panorama da glamourosa Viena destruída e em plena crise, com boa parte da população vivendo das transações no mercado negro.

A trama desenrola-se com a chegada de um escritor americano que chega falido para trabalhar com seu amigo Harry Lime (Orson Welles), mas descobre que este foi morto misteriosamente e inicia uma investigação descobrindo várias inconsistências nas explicações dos amigos de Harry.

É sem dúvida uma obra-prima do cinema noir, com uma fotografia espetacular, em especial as tomadas das ruas de Viena ou mesmo a perseguição nos esgotos. A voz em off descreve a situação em um ritmo acelerado, semelhante ao clima intenso do desenrolar do filme. A câmera apresenta-se muitas vezes na diagonal, colocando o espectador no desequilíbrio da situação. A trama é muito bem construída e mesmo o tema inicial que parece desconexo do que vemos geralmente nos filmes do gênero, parece identificar-se com a trapaça da trama e o personagem de Harry Lime.

Abaixo, alguns vídeos que selecionei para quem quer ter uma idea do filme, mas se você gosta mesmo de noir, alugue ou baixe o filme e experimente esta maravilha do cinema desde o início, sem perder a chance da surpresa. Espero que apreciem tanto quanto eu.