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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Dillinger, 1954

E para que o visitante possa apreciar um dos filmes que retratam a vida de Dillinger, segue o link de 1954.


Dillinger por crazedigitalmovies

Para os que querem ainda conhecer mais sobre a biografia deste renomado gângster, a Amazon tem uma publicação interessante a respeito, por $19,99: 

http://www.amazon.com/Dillingers-Wild-Ride-Americas-Public/dp/0195304837



Dillinger's Wild Ride: The Year That Made America's Public Enemy Number One

288 páginas
Em inglês
Oxford University Press, USA; First Edition edition (June 4, 2009)

Dillinger


John Herbert Dillinger (Indianápolis, 22/06/1903 - Chicago, 22/07/1934) foi um ladrão de bancos norte-americano, considerado um criminoso perigoso e idolatrado como um Robin Hood do século XX, devido ao Grande Depressão em que a população culpava os bancos e Dillinger só roubava tais estabelecimentos.
Dillinger ganhou o apelido de "Jackrabbit" por sua rapidez nos assaltos e fugas da polícia e, assim como a de outros criminosos dos anos 30, dominou a atenção da imprensa, que passou a chamá-lo, entre outros, de "inimigos públicos" (public enemy), entre 1931 e 1935, época em que o FBI se desenvolveu.
Após desertar do alistamento na marinha e com a dificuldade em arrumar emprego fixo além de manter seu casamento, enveredou para o mundo do crime.

Preso em 1924 na Cadeia Estadual de Indiana, ajudou na fuga de vários criminosos perigosos que mais tarde formaram a chamada primeira gangue de Dillinger.

Segundo a imprensa, Dillinger usava diferentes golpes em seus roubos a banco, chegando a soma de cerca de US$300.000 dólares.

Sua vida prossegue entre diversos roubos e perseguições da polícia, além de diversas prisões e escapadas com a ajuda dos comparsas, até aquelas bobeadas clássicas de todo fora da lei, que sai para um cineminha com a namorada - para prestigiar seus parceiros gângsters, neste caso em Manhattan Melodrama em Chicago - e traído por uma das acompanhantes, é morto na saída do cinema por agentes do FBI.

(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Dillinger)

Mas você, caro visitante, deve estar se perguntando, porque um blog de cinema noir está falando deste fora da lei? 

Primeiro, como já comentamos aqui no blog, os gângsters fazem parte do universo inspirador do noir (para relembrar ou saber mais, leia as matérias: http://experimentenoir.blogspot.com.br/2011/05/os-filmes-de-gangsters.html e http://experimentenoir.blogspot.com.br/2011/05/lei-seca-criminalidade-urbana-e-o-poder.html).

E não é que em uma dessas minhas vasculhadas internéticas em busca de nem tão novos títulos do gênero, me deparo com um nome que, inicialmente, parecia me levar a um filme de 1954, falando de um famoso gângster, mas eis que surgem diversas releituras do tema, chegando aos dias de hoje com a mesma sede de destrinchar a vida desse homem que um dia chuta tudo para o alto e então faz suas próprias leis. 

E a pergunta que não quer calar: por que essa predileção por falar de um gângster, que nos anos 30 tornou-se uma espécie de ídolo das massas, em plena época de penúria e total falta de esperança diante de uma difícil fase histórica, onde pessoas comuns não tinham emprego ou ideia do que lhes aguardava para o futuro. E porque, mesmo nos dias de hoje, a imagem permanece viva e tão relembrada em novas produções. 

Talvez o humano sinta-se reprimido por todas as leis e regras sociais, e a imagem de um homem como Dillinger, lá no fundo, nos redime de tal repressão, trazendo um gostinho de liberdade que todos gostariam de ter. Talvez seja só o gosto pela violência, quem sabe. O interessante é a imagem viva e tão corrente que Dillinger permanece ao longo de décadas e  que de alguma forma gostaria de compartilhar. 

Pra não ficarmos apenas em divagações, quero compartilhar ainda a série de cartazes dos vários filmes sobre o tema, começando pelo de 1954, que iniciou toda essa pesquisa e análise, até um mais recente com o galã da atualidade, Johnny Depp.


Dillinger, 1945.







Dillinger, 1973.



Dillinger, 1974.


Dillinger Y Capone, 1995.


Public Enemies, 2009.