Experimento Noir é um espaço de troca de experiências e experimentos que bebam da fonte do gênero noir.
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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sam Noir - Detetive Samurai


Creio que em outros posts já demonstrei minha paixão, além do cinema, pelos quadrinhos. Para mim são os quadros das películas, contando uma história de acordo com o ritmo que o leitor deseja percorrer.

Pesquisando o Noir para saber mais e publicar aqui no blog, acabo de encontrar algo que desconhecia, e que reuni informações pois parece-me que tem algo de Noir e muito da deliciosa arte popular dos desenhos, ainda mais em se tratando de um Samurai, que jamais me atreveria a comparar com Lobo Solitário, um clássico dos quadrinhos em minha opinião, mas por tratar-se do tema e relacionar-se de alguma forma com o clima do gênero cinematográfico, creio que vale a pesquisa e menção a respeito.

Segunda a Wikipedia:

"Sam Noir é uma mini-série em quadrinhos escrita por Eric A. Anderson / Trembley Manny e ilustrado por Manny Trembley, publicado pela primeira vez em setembro de 2006. (onde eu estava que não soube disso desde então??).

Desenhado em tons de cinza , o comic é uma fusão da ficção noir hardboiled e um conto de aventura samurai. Embora originalmente trata-se de uma mini-série com três episódios, a popularidade e aclamação da crítica fez com que ela continuasse, com uma nova mini-série intitulada "Ronin férias", publicada pela marca Imagem's Shadowline em 2007."

Ao que parece, Sam Noir, um ronin detetive, é pago para acompanhar uma jovem mulher chamada Jasmine, e depois de observá-la por um tempo começa a se apaixonar por ela. Depois do assassinato de Jasmine por ninjas, Sam começa a procurar por "Master Fuyu", o homem que ordenou o assassinato.





"No terceiro andar de um prédio de escritórios decadente, Sam Noir se afoga no mar de sua própria auto-piedade. Até que a mulher de sua vida surge no meio da noite... apenas para ser assassinada momentos depois. Furioso, mas sempre trazendo um comentário irônico nos lábios, o Detetive Samurai vaga pela cidade numa missão suicida para vingar a morte de uma inocente, lutando contra um exército de ninjas e os poderes do crime organizado para trazer um pouco de justiça a um mundo que não a merece.

Passado num época indefinida e fascinante, onde a estética e o cinismo das histórias de detetives dos anos 40 se une ao lirismo violento do Japão feudal, Sam Noir: Detetive Samurai é uma das séries mais intrigantes dos quadrinhos atuais. O roteirista Eric. A. Anderson e o desenhista Manny Trembley misturam as técnicas do mangá e o mundo escuro de quadrinhos americanos como Sin City para criar uma obra inovadora e repleta do mais cínico humor, que recebeu muitos elogios da crítica especializada. Publicada pelo selo Shadowline da Image Comics, Sam Noir tornou-se um sucesso instantâneo, gerando várias continuações."

(fonte:http://www.americanas.com.br/produto/6774695/livros/historiaemquadrinhos/historiaemquadrinhos/livro-sam-noir-detetive-samurai)




A arte parece interessante e a tentativa de reunir o tema hard boiled e a história do Samurai recebe menções positivas e negativas. Veja a seguir:

Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Sam_Noir

"Boletim Comics chama a arte de Sam Noir "fantástica", mas a história cativa pouco. Frontier afirmou que "Anderson conhece seu estilo hard-boiled ... [faz] a leitura em si convincente às vezes ", enquanto a arte de" efeitos de enquadramento lírico, construções de painel evocativo, luz e sombra [são] tão bem executados que eles são como personagens da história". Por outro lado, The X-Axis vê a série "frustrante", afirmando que "parece que há duas histórias em quadrinhos completamente diferentes, e melhor, lutando para sair - um que é muito mais engraçado, e uma que leva [o próprio] inteiramente a sério"."

No blog Review Quadrinhos (http://www.universohq.com/quadrinhos/2008/review_SamNoir1.cfm), a descrição também não parece tão animadora:

"Sam Noir: Detetive Samurai, uma das edições de estréia (a outra é Fell) da Landscape nos quadrinhos, é uma HQ com poucos atrativos.

A idéia original de seus criadores de juntar num mesmo universo histórias de detetives durões, evocando Sam Spade e Philip Marlow, personagens dos emblemáticos autores de pulps Dashiell Hammett e Raymond Chandler, respectivamente, com samurais não foi muito feliz.

Com um roteiro repleto de clichês advindos dos dois gêneros de histórias, por muitos momentos a HQ se perde. A motivação do protagonista é difícil de engolir e ele cai muito fácil no papo de qualquer transeunte, diferentemente do que um detetive faria.

Em nenhum momento o roteirista Eric A. Anderson acertou a mão. Mesmo quando faz referência ao filme de Quentin Tarantino Kill Bill ou à HQ Sin City, de Frank Miller, consegue empolgar o leitor.

Miller e seu Sin City, inclusive, estão entre as principais influências dos autores. Mas nem de longe os dois acompanhar a qualidade de quem os inspirou.

A arte de luz e sombras de Manny Trembley, contudo, é um destaque positivo - talvez seu único alento. A narrativa visual é bem desenvolvida e o acabamento gráfico das páginas em preto-e-branco ficou ótimo.

Editorialmente, o álbum é bom, sem grandes excessos ou ausências. Não há uma introdução ou um posfácio contextualizando a obra, mas há uma biografia dos autores. O seu formato é o que vem se tornando mais comum no mercado de quadrinhos brasileiros, o 16 x 24 cm, que melhor aproveita a calibragem do parque gráfico do País.

Por tudo isso, o álbum vale mais para quem for fã desse tipo de arte e para quem estiver curioso para ler um título novo."

Comentários nem tão animadores, confesso que fiquei curiosa em conhecer. Encontrei uma bela imagem de uma edição especial nº 1, e como dizem os comentários, ao menos a arte parece valer a pena uma olhadela.


Encontrei ainda um "trailer" do filme (será?), ainda que me pareceu mais uma brincadeira.



Caso algum leitor tiver mais alguma informação, favor fazer seus comentários.

Kiss Me Deadly (A Morte em um Beijo)

Kiss Me Deadly (A Morte em um Beijo)
1955 - USA - 106 min
Crime | Drama | Film-Noir
Robert Aldrich


"Kiss Me Deadly" é um film noir muito especial. Logo no iníco, antes mesmo da mostra de atores participantes, uma mulher corre desesperada, ao longo de uma estrada no meio da noite, e coloca-se à frente do carro daquele que irá ser o protagonista do filme: Mike Hammer. Com a frase "remember me", da mulher para Hammer, antes de sua morte e o ferimento do protagonista, que lhe causará mais tarde amnésia mas a busca dos fatos deste ponto até o final do filme.


Vários ingredientes do Noir apresentam-se no filme, como a femme fatale e o detetive que se envolve na história e não sabe bem porque. E um mistério por resolver.

A trama se inicia com a investigação particular promovida por Hammer. Ele é o investigador conquistador, o galã sempre bem apanhado que cativa facilmente (até demais) as mulheres, e ainda violento e grosseiro quando precisa conseguir a informação desejada.


enas de perseguição, sabotagem com bombas mortíferas em automóveis, intrigas e gângsters sempre no encalço para evitar que Hammer descubra a verdade segue ganhando força por todo o filme.

Robert Aldrich usa de extremo suspense e violência, seguindo para uma sensação de paranoia sem fim, como um vírus a tomar todo o contexto da trama. As frases e acontecimentos parecem enigmas a serem desvendados, sempre com um simbolismo que deve-se analisar para fazer algum sentido.

Interessante ainda é perceber que Kiss Me Deadly inicia em uma trama tipicamente noir e segue na paranoia até chegar a um ponto com uma pitada de ficção científica, ao abordar a busca pelo poder de uma espécie de "Caixa de Pandora", algo muito desejado pelos envolvidos na trama que levará a um trágico desfecho.


Aldrich filma este noir febril e demente, com a câmara em ângulos não convencionais, causando estranheza da história-pesadelo de Hammer. A fotografia é incrível, o filme é extenso e com trama bem construída, o que permite ao espectador saborear uma importante obra do gênero.


O que se pode dizer sobre o título, é uma espécie de convite sensual para um beijo da mulher que quer atrair Hammer para desferir-lhe um tiro, garantindo para si a poderosa e já citada caixa.

domingo, 26 de junho de 2011

Kiss me Deadly - vídeos

Este genuíno noir merece o conhecimento do leitor. Robert Aldrich dirigiu um clássico sem igual, com diversas características do gênero, numa paranóia alucinante do início ao final da trama.







Cartazes - Kiss Me Deadly - 1955

Cartazes em sua maioria com apelo sensual do relacionamento de Hammer e sua namorada,
exceto o último cartaz que de fato não condiz com os acontecimentos do filme - quem sabe
se não seria um apelo a chamar mais a atenção para o clima de crime, suspense e violência
preponderantes em Kiss Me Deadly.