Experimento Noir é um espaço de troca de experiências e experimentos que bebam da fonte do gênero noir.
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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Aniversário dos 117 anos da primeira exibição pública do cinema

Para nós cinéfilos, independente do gênero, temos que render homenagens aos irmãos Lumiére nesta data que completa 117 anos da primeira apresentação de uma sessão pública do cinema, a primeira de muitas que nos fizeram aprender, pensar, chorar, rir e sonhar. Acompanhem a matéria abaixo.

Fonte: Terra
http://cinema.terra.com.br/primeira-sessao-publica-de-cinema-faz-117-anos-nesta-sexta,add68cebbfdcb310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

Primeira sessão pública de cinema faz 117 anos nesta sexta



domingo, 16 de dezembro de 2012

Violent Saturday - 1955

Assistam a Violent Saturday nesta bela cópia no YouTube, um dos primeiros a utilizar a tecnologia Cinemascope, atribuindo cores vivas e imagens muito vivas e nítidas ao filme.

Violent Saturday - 1955
90 min - USA
Crime | Drama
Diretor: Richard Fleischer
Estrelando: Victor Mature, Richard Egan, Stephen McNally




http://www.imdb.com/title/tt0048790/



Violent Saturday mistura o melodrama na pequena cidade, onde a beleza das cores e os cenários oferecem certo glamour, parecendo tratar-se de um clássico dos anos de ouro do cinema, quase todo o tempo em tomadas diurnas numa cidade muito pacata e "limpa".


Ao atentar-se ao tema porém, encontramos nitidamente a essência do noir, tendo como tema base um assalto numa cidade já tomada pela corrupção, recheada de personagens como Harry Reeves (Tommy Noonan), o gerente do banco voyeurista que persegue a bela enfermeira Linda Sherman (Virginia Leith), está envolvida com o alcoólatra Boyd Fairchild (Richard Egan). Sua esposa Emily (Margaret Hayes) tem, como ele diz, "dois ou três passatempos por ano", o seu hobby mais recente é Gil Clayton (Brad Dexter). Mas isso não é tudo. Há Elsie Braden (Sylvia Sidney), o bibliotecário que rouba para pagar a sua dívida para o banco de Harry, e até mesmo a respeitada família Martins vive um conflito com o filho por seu pai não ser um herói de guerra. São famílias aparentemente decentes com seus segredos e atitudes suspeitas.

O que traz originalidade ao filme é a complexidade entre os personagens e o envolvimento entre eles, algo muito bem escrito por Sydney Boehm, permitindo longas tomadas sem cortes, como no bar do hotel onde Boyd e Harry conversam.

Os personagens estão todos entrelaçados e a corrupção da cidade vai se revelando assim como as fraquezas humanas, onde as convicções do mais íntegro perece ao chegar a seu limite.

O expectador terá boas atuações - Ernest Borgnine caracterizado em um autêntico Quaker e o responsável por desferir o golpe fatal - , belas e bem trabalhadas cenas, filmadas no sudoeste americano em locações como Bisbee e Arizona. 

Violent Saturday preserva o noir em seu tema de corrupção, tendo seu final como marca incontestável.









Fontes:

http://www.imdb.com/title/tt0048790/

http://www.youtube.com/watch?v=O_D3O90VyNQ

http://www.dvdbeaver.com/film3/dvd_reviews52/violent_saturday.htm

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Cartazes Violent Saturday - 1955












Dark Matters

O blog Film Noir apresentou a divulgação por Brice Habeger de seu curta noir para uma competição no Anchorage International Film Festival, pedindo aos leitores um "Like"no
YouTube, como segue abaixo:


Greetings to all fellow film noir lovers, I am writing from Anchorage, Alaska, to ask for your help.


We made a short film for a competition with the Anchorage International Film Festival. We wrote, shot, edited the short in 5 days. We are Youtube "like" dependent and can use whatever help you can give. Even just one "like" on YOUTUBE (not Facebook) can help save Christmas for our team. Thanks!!!!

Please, click on the link below to check out the short and vote with a like. 

It's a gritty film noir with some Dexter flavorings.

http://www.youtube.com/watch?v=v1LaqrS-snU

Here is more information about the QuickFreeze competition:http://electricigloocreative.com/quickfreeze/

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Aniversário de Cornell Woolrich

04 de dezembro de 1903 - 25 de Setembro de 1968 (Nopva York)

Hoje comemoramos o aniversário de Cornell Woolrich, escritor conhecido pela ficção fatalista, retratando o mundo completamente indiferente à humanidade. Em suas próprias palavras, "primeiro você sonha, então você morre."

Famoso pela literatura policial na década de 30, transformou-se em um dos melhores escritores do gênero, encontrando espaço ao escrever para revistas como "Argosy", "Black Mask" e "Thrilling Mystery", muitas vezes usando o pseudônimo William Irish.


Suas obras foram adaptadas para o cinema noir mais que a maioria dos escritores conhecidos do gênero e muitas de suas histórias foram adaptadas para programas de rádio no gênero suspense e dramático nos anos 40, fase considerada como seu maior legado, até 1948. 

Mesmo deixando de escrever na década de 50, novas edições de sua obra foram publicadas, originando clássicos do cinema como Rear Window (Janela indiscreta) e The Bride Wore Black (A noiva estava de preto).

Obras:
Adaptações para o cinema
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Cornell_Woolrich

http://www.imdb.com/name/nm0941280/bio

http://www.detnovel.com/Woolrich.html

https://www.facebook.com/update_security_info.php?wizard=1#!/filmnoirfoundation

domingo, 2 de dezembro de 2012

Carol Reed


30/12/1906 (Londres - Putney) a 25/04/1976 (Londres - Chelsea)

"I give the public what I like, and hope they will like it too."

Desde que assisti a The Third Man, percebi que havia um algo mais no trabalho de Carol Reed, em especial no gosto pela inclinação da câmera em momentos de suspense, causando um atordoamento à cena e ao expectador.

Cabe então em nosso blog uma breve biografia desse grande diretor, que "no final da década de 1930 foi considerado como um dos jovens diretores mais promissores na Inglaterra; no final da década de 1940, o criador de um dos filmes mais populares e aclamados pela crítica da década, e o diretor britânico mais festejado ao lado de Alfred Hitchcock. Durante os anos 1950, foi premiado com um título de cavaleiro e fechou 1960 com um dos musicais de sucesso mais lucrativo em bilheteria." (http://mubi.com/cast_members/1762)

Nascido em família voltada ao cinema, com o pai ator de teatro e fundador da Royal School of Dramatic Arts, Sir Herbert Beerbohm Tree e a mãe Pinney Reed, teve uma criação em meio à classe média educada, com o objetivo já muito cedo de ingressar na carreira de ator, mesmo com a mãe tentando fazê-lo mudar os planos.

Já em 1924 e com 20 anos, conhece o escritor Edgar Wallace e a parceria entre eles estendeu-se por certo tempo, quer na trupe encabeçada por Wallace para seguir pela estrada apresentando peças, onde Reed ingressa em 3 adaptações além de trabalhar como assistente de palco e mais tarde, em 1927, quando Wallace torna-se presidente da Corporação de Cinema British Lion, levando o parceiro como seu assistente, o que permitiria a Redd um intenso aprendizado sobre cinema e participação nas produções.

Ao que parece, Reed abandona a carreira como ator e caminha para trilhar a carreira como diretor, e em 1935 dá um grande salto definindo seus próximos passos,  inicialmente em associação com Robert Wyler em It Happened One Night (Aconteceu em Paris). 

Daí em diante Reed segue com uma série de produções de baixo orçamento mas já caracterizando o estilo marcante do diretor.

Em 1936 vemos sua direção na comédia Laburnum Grove (1936) e Talk of the Devil, o primeiro filme feito no Pinewood Studios, financiado por Alexander Korda, e o filme foi co-escrito por Reed e o futuro diretor Anthony Kimmins. 

Entre os filmes de Reed o mais distinto era The Stars Look Down (1939), um drama sobre o sofrimento dos pobres mineiros de carvão de Gales, mas o que o colocou no gosto popular foi Night Train to Munich (1940). 

Chega a Segunda Guerra e Reed junta-se a unidade do exército britânico de cinema, onde fez uma série de documentários destinados à propaganda de novos recrutas, e fez o melhor longa-metragem com a infantaria britânica, o Way Ahead (1944), co-autoria de Eric Ambler e Peter Ustinov. 

Após a guerra, Odd Man Out (1947) torna-se sucesso de crítica e bilheteria, destacando-o entre os melhores cineastas britânicos da época.

Junto com Michael Powell e Emeric Pressburger, Lean David, e Gilliat, Reed fez parte da geração de cineastas cujos filmes britânicos transformaram a indústria cinematográfica britânica, ao ponto de por um tempo tornar-se um sério rival para Hollywood. 

Em 1948 Reed realiza outro sucesso de bilheteria, The Fallen Idol, sobre um garoto que busca proteger um mordomo e seu amigo, acusado da morte da esposa.

Finalmente em 1949 chega The Third Man, baseado no romance de Greene e produzido em associação com Alexander Korda e David O. Selznick. "Uma caçada humana em meio a corrupção e miséria de Viena do pós-guerra, o filme transcende o gênero thriller, em parte através de um quinteto de performances brilhantes de Orson Welles, Cotten José, Valli Alida, Howard Trevor, e Lee Bernard, assim como a fotografia atmosférica Robert Krasker de e, no geral, um sentido irônico ... de Reed, que deu o tom para o filme inteiro, não só como diretor, mas também através de sua seleção de locais de Viena... The Third Man tornou-se o mais popular de todos os thrillers pós-guerra britânicos, um dos filmes mais amplamente lembrados e citados na história, e fez várias fortunas..." (http://mubi.com/cast_members/1762)

Seus próximos dois filmes, Outcast of the Islands (1952) e The Man Between (1953)- novamente com James Mason protagonizando a trama - , foram decepções., mas Reed foi premiado com o título de cavaleiro, pela primeira vez tal honra fora concedida a um diretor de cinema.

A década de 50 foi de novidades na carreira de Reed mas que parecem ter descaracterizado o estilo do diretor, segundo a crítica. Em 1955, faz uma fábula para a Disney que tornou-se um dos mais populares da época. Trapeze (1956), foi uma completa surpresa; uma produção anglo-americana pela empresa de propriedade de sua estrela, Burt Lancaster, que foi também o primeiro Reed em Cinemascope, e foi um sucesso, mas também era desprovida de qualquer um dos toques pessoais que tinham sido encontrados em filmes anteriores de Reed. The Key (1958), foi igualmente criticado por sua natureza impessoal. Em 1959, Reed foi a Cuba para filmar Our Man in Havana, baseado em uma história de Graham Greene, não be recebido como os anteriores.

Os anos 1960 foram uma época menos satisfatória para Reed, sendo substituído em Mutiny on the Bounty por Lewis Milestone, e L'extase et l'agonie (1965) foi muito  ruim nas bilheterias. 

Em 1968, o diretor teve seu triunfo final, com o lançamento do musical Oliver!, com base no trabalho de palco por Lionel Bart. Foi distinguido não só como um dos poucos sucessos de sua época como uma das melhores adaptações do teatro para o cinema, o que conferiu a Reed o Oscar de Melhor Filme e Diretor.

Reed fez mais dois filmes, Flap (1970, lidando com a situação dos nativos americanos) e aos olhos do público (1972). A má distribuição e a saúde precária e idade avançada do diretor interferiram em uma melhor divulgação e apreciação dos filmes.

Reed faleceu em 1976, após anos de enfraquecimento da saúde e um leve ataque cardíaco.

Não há dúvida quanto a carreira brilhante e os momentos de experimentações e novos saltos na carreira desse diretor, conhecido por suas características marcantes ao criar uma cena. A seguir, algumas frases sobre o papel do diretor:


"Um diretor deve planejar com antecedência como uma cena deve ser feita, mas ele deve estar sempre pronto para colocar a câmera aqui em vez de lá, e mudar tudo no último momento se perceber uma melhor forma de fazê-lo."


"Eu acho o trabalho do diretor - como no antigo teatro - é para transmitir fielmente o que o autor tinha em mente. A menos que você tenha trabalhado com o autor em primeiro lugar, você não pode transmitir aos atores o que ele tinha em mente, nem pode transmitir para o editor no final a idéia original..."
"Tudo o que eu acredito que o diretor pode fazer é aproximar seu assunto com uma lista de cenas meticulosamente preparadas para serem filmadas com sua descrição geral...e uma idéia absolutamente clara do efeito que ele quer alcançar."
" Eu não acredito que o cinema é um lugar para palestras sobre como todos devem viver. Eu não acho que o público quer que seja, a menos que eles sejam muito originais e marcantes. Pessoalmente eu não gosto da infusão de política amadora em filmes. Certamente que não é o trabalho do diretor."

A impressão dos críticos sobre a obra de Carol Reed:
"Dirigindo habilmente uma série de dramas com excelentes atores, Carol Reed criou filmes que são ricos em atmosfera e ambiente, com adaptações literárias de personagens principais complexos ... Reed, uma vez comentou:". Dou ao público o que eu gosto , e espero que eles gostem também "-. Ronald Bergan.
"Uma vez considerado um grande diretor britânico, Sir Carol Reed era na verdade um artesão competente, que atingiu seu pico durante um breve período no final dos anos 40, com 3 consecutivas adaptações literárias. Mesmo em seus melhores trabalhos, o seu pendor para tiros invulgares em ângulo e iluminação expressionista pode parecer estudado e irrelevante." Geoff Andrew (O Manual do Filme, 1989)

Fontes:

http://mubi.com/cast_members/1762

http://www.imdb.com/name/nm0715346/

http://www.screenonline.org.uk/people/id/459891/index.html



http://en.wikipedia.org/wiki/Carol_Reed

http://melhoresfilmes.com.br/diretores/carol-reed