Experimento Noir é um espaço de troca de experiências e experimentos que bebam da fonte do gênero noir.
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domingo, 12 de agosto de 2012

Investigando o som do filme Noir

Pesquisando sobre o noir, encontrei uma matéria interessante na Parallax View - http://parallax-view.org/ - onde Robert C. Cumbow faz uma análise sobre músicas compostas e que serviram de trilha sonora no filme noir, fazendo um levantamento pessoal do que considera música que marcaram o estilo.

Ele inicia sua matéria com o seguinte comentário:

"Os melancólicos solos do noir do sax, do piano, o lamento de um trompete distante em becos escuros, úmidos e os quentes ritmos latinos escorrendo como um brilho de neon das janelas semi-fechadas em casas noturnas proibidas. Você anda pelas calçadas solitárias da cidade, sem destino, seguindo apenas os sons, guiado por eles, perguntando de onde vêm.....

Ninguém inventou o som do filme noir. Ele cresceu mais de sete décadas, provocou com o toque de humor de compositores específicos, em filmes e tempos específicos."

Cumbow cita alguns nomes, como Adolph Deutsch, salientando trilhas como The Maltese Falcon e The Mask of Dimitrios, como os pilares de origem da música noir.



(Para ouvir a trilha de The Maltese Falcon, acesse o link abaixo:
http://www.experienceproject.com/song_meanings.php?a=Maltese+Falcon+Soundtrack&t=a)

Mas as citações não param por aí, e outros grandes nomes como Max Steiner (The Big Sleep), Henry Mancini e Jerry Goldsmith (Chinatown).

Bernard Hermann é citado em sua composição para Taxi Driver onde comenta: "...A pontuação arquetípica do saxofone não só evoca o noir, mas define no aterramento do conto angustiante de Scorsese um tipo não tradicional do anti-herói gritando "eu sou" nos lugares mais escuros de forma impiedosa, esmagando a cidade."

Jerry Goldsmith aparece em Chinatown: "é...magistral, evocando os humores e tons tradicionalmente associados com as sutilezas da sombra, veneziano cego de ripas monocromático, e a combinação peculiar de investigação e de introspecção, amor condenado, mulheres caras e uísque barato. Teria sido um clássico de composição noir em qualquer cor ou década."

Cumbow avança no tempo e ainda fala de Angelo Badalamenti em Blue Velvet.

Para quem quer conhecer um pouco da música do noir, recomendo a leitura e sugestões de Robert C. Cumbow com sua reflexão sobre diversas composições muito bem trabalhadas contribuem para o clima que tanto caracteriza o gênero. Claro que é uma breve citação, que creio, com a pesquisa do leitor trará maior interesse pela pesquisa de outras grandes composições que marcaram grandes produções.

Para ler na íntegra a matéria, acesse o link:

http://parallax-view.org/2009/04/02/keeping-score-musique-noir-investigating-the-sound-of-film-noir/