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domingo, 31 de março de 2013

The Asphault Jungle - 1950




The Asphault Jungle - 1950
Brasil: O Segredo das Jóias | Portugal: Quando a Cidade Dorme
112 min - USA
Crime | Filme Noir | Drama
Diretor: John Huston
Estrelando: Sterling Hayden, Louis Calhern, Jean Hagen, Marilyn Moroe


Sinopse: O Dr.Riedenschneider, conhecido como Doc, é solto da prisão. Com um plano de roubo milionário de jóias, ele procura Cobb para financiamento. São contratados o arrombador Louis, o motorista Gus, o ladrão Dix e o advogado Emmerich como receptador. O roubo é efetuado mas Louis é baleado. Emmerich não tem condições de trocar as jóias por dinheiro e planeja se apoderar delas, com a ajuda de seu empregado Robert Bannom. Este, no momento da troca, é morto na troca de tiros com Dix, que é ferido. Emmerich é forçado por Dix e Doc a negociar com a companhia de seguros. Após a polícia encontrar o corpo de Bannom, todos os envolvidos no roubo acabam por serem descobertos ou mortos.

O diretor John Huston faz uma adaptação da obra de WR Burnett e cria este filme com primorosa narrativa, fazendo surgir o considerado assalto definitivo, tão perfeito que inspirou diversas releituras e homenagens por nomes não menos memoráveis como Kubrick (The Killing) e Jules Dassin (Rififi), ainda que quatro indicações ao Oscar não teve sua conclusão em premiar este trabalho.

The Asphaut Jungle inicia em um ambiente urbano sombrio e decadente, com ruas vazias onde apenas um solitário carro de polícia patrulha a área isolada. Pelo rádio, o policial ouve sobre um assalto no Hotel Paris por um suspeito "armado, homem alto, branco, vestindo um terno escuro e macio chapéu. " Curiosamente, um homem com tal descrição (Dix Handley) esconde-se atrás de um poste durante a passagem da patrulha.







O papel da Femme Fatale na sociedade dos anos 40


Já mencionei algumas vezes sobre o elemento Femme Fatale no filme noir, e acabo de encontrar no site Doc Films uma matéria interessante que enfatiza o processo de inserção da mulher no mercado de trabalho com o pós-gerra, porém sua imagem no cinema ainda como uma espécie de bandida e usurpadora para conquistar o desejado, pela sua não aceitação por completo num mundo até então masculino.

"Como as mulheres foram se tornando mais ativas no trabalho e na família com o pós-guerra, foram permitidos papéis femininos no cinema... a Femme Fatale é alguém...capaz de usar o protagonista masculino para atingir seus próprios objetivos."

...os tipos de poder somente revelou como as mulheres americanas tiveram pouco poder na vida real. A femme fatale não ganha poder honestamente, ela é ou um bandido, uma sedutora, ou uma boa menina temporariamente equivocada...Levaria mais alguns anos antes que as mulheres fossem autorizadas a um papel legítimo na sociedade, dentro e fora da tela."

Acessem para ler a matéria na íntegra e ainda ver os comentários sobre clássicos e suas incríveis Femme Fatales.

http://docfilms.uchicago.edu/dev/calendar/2013/spring/essay-spring-monday.shtml