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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mas afinal, o que é o Noir?


Ray Milland em Farrapo Humano (The Lost Weekend, 1945, direção Billy Wilder)

“Não faço apenas um tipo de filmes e não tenho noção de padrões. Não temos noção de que ‘Este filme será este gênero’. Tentamos fazer um filme que entretenha o melhor possível. Se temos algum tipo de estilo, os mais perspicazes detectá-lo-ão.” (Billy Wilder).

Seguindo a ideia de levantar questões que gerem o debate, iniciaremos sobre o que seria o Noir - estilo, escola, movimento?? - uma vez que o termo não surgiu dos profissionais de cinema (estes não tinham então ideia de que faziam um gênero específico) nem os críticos tinham um consenso para atribuir-lhe um conceito. A crítica francesa é quem aplica a expressão filme noir (negro ou escuro) para um grupo de filmes criminais americanos produzidos a partir da década de 40.

A. C. Mattos em seu livro O Outro Lado da Noite (já mencionado em post anterior) acredita que por constituir-se de diversos gêneros, não pode ser aprisionado a uma definição correndo o risco de descaracterizá-lo, sendo "um desvio ou evolução dentro do vasto campo do gênero drama criminal e resposta das condições durante a Segunda Guerra e pós-guerra. É ainda vírus e doença da alma, “com um clima de pessimismo em que as neuroses, paranóia e loucura permeiam as ações dos personagens, e onde não existe espaço para o Herói tradicional.”

O que parece comum nas análises sobre o noir é a desilusão latente numa sociedade sem esperanças no futuro e o vejo como uma forma de filmar com a temática que demonstra a alma adoecida da sociedade por meio de seus personagens.

E para você, o que é o Noir?

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