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sábado, 2 de março de 2013

Ascenseur pour l'échafaud (Elevator to the Gallows) - 1958

Ascenseur pour l'échafaud (Elevator to the Gallows) - 1958
88 min - França
Crime | Drama | Thriller
Diretor: Louis Malle
Estrelando: Jeanne Moreau, Maurice Ronet, Georges Poujouly

http://www.imdb.com/title/tt0051378/



Aqui temos a visão francesa do noir, com uma iluminação - mais nítida nas cenas diurnas -  de algo mais televisivo ou teatral que um clima do claro-escuro do cinema, ainda que a intensidade e climax do filme fica mais interessante na iluminação contrastante das cenas noturnas.

As cenas de profundidade nos ambientes e os closes que demonstram cada detalhe ou o sentimento do personagem, são marcantes no filme.




E claro, como base do noir, a trama dos amantes que decidem matar o marido indesejável, onde o rapaz realiza meticulosamente o crime para ter por completo seu amor, cometendo porém um deslize ao partir da cena do crime que passará do plano perfeito para uma situação de desesperança.


Florence Carala (Moreau) e Julien Tavernier (Ronet), são os amantes que decidem tramar a ideia de suicídio do marido de Florence e patrão do jovem Julien. Este o mata, sai para a rua em direção ao carro e lembra-se que esqueceu a corda com que escapara da sala onde acabara de cometer o assassinato e volta para removê-la, porém, o final de semana se aproxima e Julien fica preso no elevador, preocupando a jovem Florence que o aguarda em um café nas proximidades e presencia o roubo do carro do amante.




Deste ponto em diante, a sequência de dissabores e somas de acusações se desenrolam até os tribunais.
Sem dúvida, o ponto alto e marcante do filme é a cena da bela Moreau perambulando pelas ruas, atordoada e sem saber que caminho tomar, em meio a vitrines e carros na noite escura, ao som do jazz triste e solitário de Miles Davis, que parece refletir as emoções da personagem Florence. Aliás, a relação música e imagem é aclamada como algo novo na história do cinema.

Este filme foi considerado, além de noir, uma experiência importante para a Nouvelle Vague  e o chamado Cinema Novo.

É uma bela versão francesa de Louis Malle e imperdível para os apreciadores do gênero.

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