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domingo, 21 de agosto de 2011

Gilda

Gilda
110 min - 1946
Drama | Filme Noir | Romance
USA
Diretor: Charles Vidor
Estrelas: Rita Hayworth, Glenn Ford and George Macready

http://www.imdb.com/title/tt0038559/


Mais um clássico noir que merece nosso comentário aqui no blog, como um dos mais lembrados nas muitas listas do gênero.

Segundo comentário no site http://www.filmsite.org/gild.html "O roteiro deste filme noir foi feito por Marion Parsonnet e adaptado por Jo Eisinger, baseado em uma história original de EA Ellington. O complexo, excêntrico e cínico conto estava em sintonia com as atitudes predominantes da era do pós-guerra americano, jogando com paranóia política norte-americana ligada a criminosos de guerra nazistas alemães..."

O filme se passa em Buenos Aires e começa com o jogador Johnny Farrel, recém-chegado na capital que há pouco ganhador de uma boa soma em dinheiro em um jogo, o torna alvo de um pistoleiro mas é salvo por um homem chamado Ballin Mundson, dono de um cassino que o torna em seguida seu braço direito nos negócios.


Os negócios vão bem e a ascensão e boa vida de Johnny segue em alta, não suspeitando porém que terá uma grande surpresa com o retorno de seu patrão de viagem com sua esposa, Gilda, a mulher que este conhecera e com quem teve um caso amoroso, ao que parece mal-sucedido e com um final nada feliz e sem muitas explicações até então.

O clima entre ambos passa a ser hostil, e Johnny tenta manter-se distante da mulher que parece desejar e odiar ao mesmo tempo, ela sempre o desafiando e ele assumindo seu papel de fiel funcionário e parceiro de Mundson, seguindo os passos da mulher a fim de mantê-la fora de encrencas para não causar transtornos ao chefe, que parece já suspeitar de um passado misterioso entre os dois.



Ocorre que aos poucos percebe-se que Mundson não é o simples empresário dono de cassino, tendo negócios escusos com alemães (claro! neurose norte-americana contra comunistas, tema perfeito para o momento muito próximo do pós-guerra) e fazendo parte de uma atividade de espionagem.

Entre revelações entre os antigos amantes e a suposta morte do dono do cassino, a nova herdeira casa-se por amor a Johnny e este resolve aceitar para puní-la de um passado que não consegue engolir, desprezando-a por um bom tempo do filme, até que outros acontecimentos ligados a Mundson ocorrem para unir em definitivo os teimosos amantes.


Eu diria que em se tratando de um noir, este desenrola-se de uma forma até branda, comparada com vários filmes do gênero, mas vemos presentes alguns detalhes importantes. A narrativa feita por Johnny, que aos poucos vai revelando sua relação conturbada com Gilda; a femme fatale na pele da bela Gilda (Rita Rayworth), em uma espetacular atuação, sendo a cena mais famosa o sedutor "striptease" - se é que podemos considerar como tal - em que Gilda remove suas luvas enquanto canta para o público do cassino até que Johnny a tire brutalmente de cena.



Temos ainda uma investigação em relação a Mundson e finalmente um assassinato. Todos elementos do noir, ainda que eu repita, para mim é um suave relato longe de um noir sombrio, porém não menos merecedor de apreciação, visto que possui uma fotografia incrível de Rudolph Maté e excepcional figurino de Jean Louis para Gilda que sempre será lembrado no mundo do cinema como um dos mais exuberantes, valorizando as curvas da bela atriz.





Um comentário:

  1. Olá! Adorei seu blog, muito criativo! Adoro filmes noir, e Gilda é simplesmente um clássico. Também tenho um blog e gostaria que vc desse uma olhada. O endereço é: http://www.criticaretro.blogspot.com/ Passe por lá! Lê ^_^

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