Experimento Noir é um espaço de troca de experiências e experimentos que bebam da fonte do gênero noir.
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sábado, 23 de julho de 2011
James Elroy, o mestre das histórias de crimes
Antes de falar propriamente do filme Dália Negra, que no post anterior iniciei com seus belos cartazes, quero comentar que já havia assistido ao filme e voltou à lembrança no momento que vi uma reportagem falando do escritor James Elroy que participou este ano da FLIP, o que causou-me curiosidade para conhecer este renomado escritor criminal, considerado o mestre em ficção noir, autor de várias obras como a bem conhecida e que tornou-se adaptação para o cinema L.A. Confidential.
Gostaria então de deixar aqui um breve comentário sobre o escritor para nos situarmos em mais esse mundo literário de crime e suspense que influencia e enriquece as adaptações cinematográficas.
A herança de James que o faria a dedicar-se a literatura criminal vem de sua própria experiência quando do assassinato não solucionado de sua mãe quando criança. Esse acontecimento é o grande propulsor de um trabalho audacioso sobre o lado negro da humanidade, além de afetar sua vida, deixando-se envolver em bebidas, drogas e atos delinquentes.
Ávido leitor de romances policiais, ficou fascinado pelo assassinato e mutilação de Elizabeth Short (a Dália Negra), incentivando-o a escrever sua versão a respeito que tornou-se um de seus maiores best-sellers.
Como romancista, roteirista, ensaísta e memorialista, James Ellroy é mais estreitamente identificado com Los Angeles do que qualquer escritor desde Raymond Chandler, onde seus quatro romances policiais The Black Dahlia, The Big Nowhere, LA Confidential e White Jazz parecem descrever a face negra da Los Angeles dos anos 50.
Para mais informações, James Elroy possui um site sobre vida e obra:
http://jamesellroy.net/
E para quem quer conhecer comentários sobre sua estada na FLIP deste ano, seguem alguns links:
http://www.flip.org.br/noticias.php?id=623
http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/convidado-da-flip-james-ellroy-da-status-de-alta-literatura-a-romance-policial.jhtm
domingo, 17 de julho de 2011
Chinatown - 1974
Chinatown (1974)
130 min - USA
Crime | Drama | Mystery
Roman Polanski
http://www.imdb.com/title/tt0071315/
Roman Polanksi construiu uma obra-prima do cinema noir, mesmo que rodado em cores, ao contrário do preto e branco em alto contraste que caracteriza em geral a fotografia do gênero. Na Los Angeles de 1937, Jack Nicholson é o detetive JJ Gittes, contratado por uma mulher (DianeLadd) que finge ser a mulher que pretende espionar o marido e descobrir seu suposto adultério.
Na verdade, trata-se de uma espécie de engenheiro responsável pelo sistema de abastecimento de águas que em seguida é encontrado morto (um homem por sinal acima de suspeitas de casos extra-conjugais, o que será concluído no decorrer das investigações), e na investigação de adultério que se dilui ao surgir a verdadeira esposa Evelyn (Faye Dunaway), Gittes percebe que foi enganado, vendo-se mergulhado em meio a mentiras, assassinato, segredos familiares e corrupção que o farão desse ponto em diante viver situações constantes de mistério e perigo até desvendar a trama, tudo revelado em uma noite na cidade que intitula o filme.
Seu envolvimento leva-o a ser atacado por gângsters e, após manter um romance com Evelyn, descobre que ela é filha de Noah Cross (o grande John Huston), um dos homens mais poderosos da cidade, que será um suspeito de interesses pelas terras onde encontra-se o reservatório, além de ser responsável por um mistério familiar que será revelado ao final da trama.
Chinatown é considerado um neo-noir policial psicológico, famoso por suas performances estilizadas, direção artística e técnica narrativa, revivendo a época do drama criminal na Los Angeles antes da Segunda Guerra e ainda durante a chamada Guerra da Água da Califórnia, entre Los Angeles e o Vale do Rio Owens (daí a abordagem relativa aos interesses escusos que circundam o assassinato de um especialista em sistemas de abastecimento de águas e os ataques de gângsters e demais personagens corruptos que querem dominar a posse do poderoso produto em uma época com sérios problemas de distribuição de água).
A velocidade com que os fatos se desdobram diante do espectador é estonteante, prendendo a atenção para o que está por vir. Chinatown é um baile de máscaras, onde as coisas nunca são o que aparentam ser.
Vários elementos do Noir Clássico apresentam-se neste filme, com personagens ambíguos como o anti-herói na figura do detetive que revela claramente a conduta duvidosa (este por sinal, um detetive bem-sucedido que deixa a polícia para dedicar-se a casos em geral de adultério), sendo tratado de forma agressiva pelos chamados homens da lei, estes refletindo a hipocrisia social devido a corrupção que mostra-se entre profissionais da classe. E como não poderia faltar, a femme fatale, na pele da mulher que inicialmente engana Gitts ou a personagem dissimulada que o seduz e tenta não revelar-lhe seu segredo quase até o último momento. E o duro final trágico, onde os poderosos mais uma vez ganham e nada se pode fazer para mudar o curso dos fatos.
Vencedor do Oscar® da Academia e do prêmio BAFTA de Melhor Roteiro Original, este filme teve 11 indicações pela Academia®, em todas as categorias importantes (incluindo Melhor Filme, Ator e Diretor). Chinatown é um marco na tradição do clássico film noir, garantindo seu lugar fundamental na coleção de todo aficionado do gênero.
Combinação engenhosa de mistério, suspense e romance, Roman Polanski conseguiu como resultado um puro e duro noir, com belas atuações que vão agradar os fãs do estilo.
130 min - USA
Crime | Drama | Mystery
Roman Polanski
http://www.imdb.com/title/tt0071315/
Roman Polanksi construiu uma obra-prima do cinema noir, mesmo que rodado em cores, ao contrário do preto e branco em alto contraste que caracteriza em geral a fotografia do gênero. Na Los Angeles de 1937, Jack Nicholson é o detetive JJ Gittes, contratado por uma mulher (DianeLadd) que finge ser a mulher que pretende espionar o marido e descobrir seu suposto adultério.
Na verdade, trata-se de uma espécie de engenheiro responsável pelo sistema de abastecimento de águas que em seguida é encontrado morto (um homem por sinal acima de suspeitas de casos extra-conjugais, o que será concluído no decorrer das investigações), e na investigação de adultério que se dilui ao surgir a verdadeira esposa Evelyn (Faye Dunaway), Gittes percebe que foi enganado, vendo-se mergulhado em meio a mentiras, assassinato, segredos familiares e corrupção que o farão desse ponto em diante viver situações constantes de mistério e perigo até desvendar a trama, tudo revelado em uma noite na cidade que intitula o filme.
Seu envolvimento leva-o a ser atacado por gângsters e, após manter um romance com Evelyn, descobre que ela é filha de Noah Cross (o grande John Huston), um dos homens mais poderosos da cidade, que será um suspeito de interesses pelas terras onde encontra-se o reservatório, além de ser responsável por um mistério familiar que será revelado ao final da trama.
Chinatown é considerado um neo-noir policial psicológico, famoso por suas performances estilizadas, direção artística e técnica narrativa, revivendo a época do drama criminal na Los Angeles antes da Segunda Guerra e ainda durante a chamada Guerra da Água da Califórnia, entre Los Angeles e o Vale do Rio Owens (daí a abordagem relativa aos interesses escusos que circundam o assassinato de um especialista em sistemas de abastecimento de águas e os ataques de gângsters e demais personagens corruptos que querem dominar a posse do poderoso produto em uma época com sérios problemas de distribuição de água).
A velocidade com que os fatos se desdobram diante do espectador é estonteante, prendendo a atenção para o que está por vir. Chinatown é um baile de máscaras, onde as coisas nunca são o que aparentam ser.
Vários elementos do Noir Clássico apresentam-se neste filme, com personagens ambíguos como o anti-herói na figura do detetive que revela claramente a conduta duvidosa (este por sinal, um detetive bem-sucedido que deixa a polícia para dedicar-se a casos em geral de adultério), sendo tratado de forma agressiva pelos chamados homens da lei, estes refletindo a hipocrisia social devido a corrupção que mostra-se entre profissionais da classe. E como não poderia faltar, a femme fatale, na pele da mulher que inicialmente engana Gitts ou a personagem dissimulada que o seduz e tenta não revelar-lhe seu segredo quase até o último momento. E o duro final trágico, onde os poderosos mais uma vez ganham e nada se pode fazer para mudar o curso dos fatos.
Vencedor do Oscar® da Academia e do prêmio BAFTA de Melhor Roteiro Original, este filme teve 11 indicações pela Academia®, em todas as categorias importantes (incluindo Melhor Filme, Ator e Diretor). Chinatown é um marco na tradição do clássico film noir, garantindo seu lugar fundamental na coleção de todo aficionado do gênero.
Combinação engenhosa de mistério, suspense e romance, Roman Polanski conseguiu como resultado um puro e duro noir, com belas atuações que vão agradar os fãs do estilo.
Cartazes Chinatown - 1974
Um detetive de aparência e discuso grosseiro, um mistério a ser desvendado. Um clássico de Polanski com brilhante atuação de Jack Nicholson e Faye Dunaway.
Sempre gostei desse clássico e conhecido cartaz onde a fumaça do cigarro do detetive circunda o rosto da personagem de Faye, formando uma moldura ou simulando seus cabelos e o mistério em torno dos personagens a ser desvendado.
Sempre gostei desse clássico e conhecido cartaz onde a fumaça do cigarro do detetive circunda o rosto da personagem de Faye, formando uma moldura ou simulando seus cabelos e o mistério em torno dos personagens a ser desvendado.
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